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Quem pode participar da renegociação de dívidas do Desenrola Brasil?

Programa começa em julho para ajudar mais de 70 milhões de brasileiros a sair das dívidas

A Medida Provisória nº1.176, aprovada no dia 5 de junho, anunciou o programa Desenrola Brasil, que possui o objetivo de diminuir a inadimplência dos brasileiros e ajudá-los na renegociação de dívidas. O Ministério da Fazenda prevê que a iniciativa pode ajudar cerca de 70 milhões de cidadãos – cerca de 40 milhões na faixa 1 e 30 milhões na faixa 2. O programa será iniciado em julho.

O Desenrola Brasil não tem foco em perdoar dívidas, mas estimular que as empresas participantes tirem do vermelho os consumidores que estejam inadimplentes por dívidas de até R$ 100. Entretanto, essa exigência vale apenas para bancos. Empresas varejistas, companhias de água, luz e serviços em geral, por exemplo, não precisarão fazer essa exclusão dos cadastros para aderirem ao programa.

Quem pode participar do Desenrola Brasil?

A primeira faixa é destinada a pessoas que recebem até dois salários mínimos (R$ 2.640,00) ou que estejam inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Os benefícios desse grupo serão utilizados como garantia para renegociação de dívidas bancárias e não bancárias, contanto que os valores da dívida não somem mais de R$5 mil.

Somente os saldos negativos até o dia 31 de dezembro de 2022 serão renegociados e os recebedores também serão incentivados a realizar um curso de Educação Financeira, disponível no momento de habilitação do Desenrola Brasil. As dívidas pagas à vista ou por financiamento bancário – no caso deste último, em até 60 meses, sem entrada, por 1,99% de juros ao mês e primeira parcela após 30 dias – têm processo disponível diretamente pelo celular. Já as com parcelamento, o pagamento pode ser realizado em débito em conta, boleto bancário e Pix.

Na Faixa 1, dívidas de crédito rural, financiamento imobiliário, créditos com garantia real, operações com funding ou risco de terceiros e outras operações definidas em ato do Ministério da Fazenda não podem ser renegociadas.

A segunda faixa ajudará cidadãos com dívidas no banco com renegociação de forma direta e as operações não terão garantia do Fundo de Garantia de Operações (FGO). Nessa faixa, a negociação ocorre entre as instituições financeiras e o governo, que oferece incentivo regulatório, cujo valor ainda não foi divulgado, para aumentar a oferta de crédito em troca dos descontos nas dívidas.

O Imposto de Operações Financeiras (IOF) não será cobrado no financiamento das dívidas dos inadimplentes.

Segundo o Serasa, pessoas jurídicas na condição de credoras e agentes financeiros autorizados pelo Banco Central (BC) que possam realizar operações de crédito também podem participar do programa.

O beneficiário consegue escolher entre os agentes financeiros habilitados e listados na plataforma disponibilizada pelo governo para realizar o financiamento da dívida. Como o beneficiário pode escolher a instituição financeira que quer pagar ou renegociar o débito, os bancos poderão competir pelos pagamentos, o que estimula a oferta de melhores condições aos devedores.

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Bancos liberam menos financiamentos de carros por receio de calote

Manutenção da taxa de juros, instabilidade econômica e escalada dos preços desencorajam novos financiamentos

Atualmente, sete em cada dez financiamentos de carros – considerando modelos novos e usados – são recusados pelos bancos no Brasil. É o que apontou a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).

O que você precisa saber:

  • Sete em cada dez financiamentos de carros são recusados no Brasil em 2023;
  • Risco de inadimplência do brasileiro deixou os bancos e instituições financeiras mais cautelosos;
  • Registros de fraudes nos financiamentos também levaram à maior seletividade na concessão de crédito;
  • Momento atual do país também é um fator que desafia a aprovação de novos financiamentos.

Isso tem acontecido porque o risco de inadimplência do brasileiro deixou os bancos e instituições financeiras mais cautelosos, conforme explicou Paulo Noman, presidente da Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), em entrevista ao Autoesporte.

Além disso, maior seletividade na concessão de crédito se deve a registros de fraudes nos financiamentos no Brasil.

A inadimplência avançou pouco no país. Em relação a veículos, um terço de todos os carros novos são financiados. E os contratos inadimplentes com atrasos acima de 90 dias correspondem a 6,2% de todos os financiamentos em 2023, considerando CDC (Crédito Direto ao Consumidor) e leasing, segundo a Anef. Em comparação a 2022, avanço é de 1,3%.

No financiamento CDC, onde o cliente recebe um empréstimo bancário para adquirir o veículo, a inadimplência é de 5,5%. E no caso do leasing, onde o banco cede o uso do carro por um plano de arrendamento, a inadimplência está em 3,3%, de acordo com o Banco Central.

Além do risco de inadimplência, o momento atual do país também é um fator que desafia a aprovação de novos financiamentos.

A manutenção da taxa Selic em 13,75%, a instabilidade econômica e a constante elevação dos preços têm assustado e afastado novos clientes.Paulo Noman, presidente da Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), em entrevista ao Autoesporte

Paulo Noman, presidente da Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), em entrevista ao Autoesporte
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Brasil atinge a maior inadimplência da série histórica

66 milhões de brasileiros estão com dívidas atrasadas

O Brasil atingiu, em março de 2023, a maior inadimplência da série histórica do levantamento realizado pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito). De acordo com o indicador, quatro em cada dez brasileiros adultos (40,58%) estavam negativados em março deste ano. São 66 milhões de brasileiros com dívidas atrasadas. As informações são da base de dados da CNDL/SPC Brasil, que abrangem as capitais e interior de todos os 26 Estados da federação, além do Distrito Federal.

“O recorde de inadimplência no país é reflexo de incertezas econômicas vividas nos últimos anos, dos altos juros do Brasil, desemprego e renda baixa. É necessário que o governo olhe com atenção e busque uma estabilidade econômica para que o consumidor tenha condições de negociar e pagar seus débitos”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

Em março de 2023, o volume de consumidores com contas atrasadas cresceu 8,32% em relação ao mesmo período de 2022. A variação anual observada em março deste ano ficou acima da observada no mês anterior. Na passagem de fevereiro de 2023 para março de 2023, o número de devedores cresceu 1,01%. Além disso, em 12 meses, aumentou a quantidade de pessoas com dívidas atrasadas de 1 a 3 anos (13,18%).

O número de devedores com participação mais expressiva no Brasil em março está na faixa etária de 30 a 39 anos (23,84%), são 16,37 milhões de pessoas registradas em cadastro de devedores nesta faixa. Tal montante equivale a 47,96% do total desta deste grupo etário. A inadimplência segue bem distribuída entre os sexos: 51,06% mulheres e 48,94% homens.

“O consumidor necessita de um ambiente mais equilibrado economicamente para conseguir sair da inadimplência. A renda ainda está muito baixa e os juros altos. Além disso, temos a questão da educação financeira e dos gastos por impulso que contribuem negativamente para esta realidade da inadimplência no país”, alerta o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.

Cada negativado deve, em média, R$ 3.974,73
Em março de 2023, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 3.974,73 na soma de todas as dívidas. Considerando todas essas dívidas, cada inadimplente devia, em média, para 2,05 empresas credoras.

Os dados ainda mostram que cerca de três em cada dez consumidores (31,99%) tinham dívidas de valor de até R$ 500, percentual que chega a 46,35% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000.

Em março de 2023, o número de dívidas em atraso no Brasil teve crescimento de 19,18% em relação ao mesmo período de 2022. O dado observado em março deste ano ficou acima da variação anual observada no mês anterior. Na passagem de fevereiro/2023 para março/2023, o número de dívidas apresentou alta de 1,81%.

Destaca-se a evolução das dívidas com o setor de Bancos, que registrou crescimento de 32,08%, seguido de Água e Luz (15,79%). Em outra direção, as dívidas com o setor credor de Comunicação (‐13,96%) e Comércio (‐3,46%) apresentaram queda no total de dívidas em atraso.

Em termos de participação, o setor credor que concentra a maior parte das dívidas é o de Bancos, com 64,03% do total. Na sequência, aparece Comércio (11,54%), o setor de Água e Luz com 10,84% e Comunicação com 7,03% do total de dívidas.

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Inadimplência de empresas atinge novo recorde no Brasil

Total de negócios negativados chegou a 6,5 milhões, em abril. Dívidas somam R$ 117,5 bilhões, segundo pesquisa da Serasa Experian

Em abril, a inadimplência alcançou 6,5 milhões empresas brasileiras. Esse foi o maior número registrado pelo indicador da Serasa Experian desde 2016, quando começou a série história. O valor das dívidas também atingiu quantia recorde, somando R$ 117,5 bilhões. Em média, cada CNPJ possui cerca de sete contas negativadas.

De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, o quadro econômico do país segue impondo desafios aos empreendedores. “A análise continua a mesma. Fatores como a inflação e a taxa Selic abalam o poder de compra dos consumidores”, diz. “Com insumos encarecidos e juros altos, o fluxo de caixa das empresas não encontra espaço para crescer, o que torna a quitação de dívidas inviável para os donos de negócios.”

No mês passado, os empreendimentos do segmento de serviços representaram 54% do total de inadimplentes. Na sequência, vieram o comércio, com 37%, seguido pelos setores industrial (7,7%) e primário (0,8%), além da categoria “outros” (0,5%) – que contempla empresas financeiras e do Terceiro Setor.

A análise por Unidade Federativa mostrou que São Paulo é o estado com o maior número de empresas inadimplentes. Em segundo lugar, ficou Minas Gerais, com, na sequência, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e Bahia.

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Mapa da Inadimplência – Abril 2023

  • O levantamento de abril de 2023, realizado pela Serasa, indica que o Brasil conta com 71,44 milhões de pessoas em situação de inadimplência. O crescimento foi de 732 mil novos inadimplentes em relação ao mês anterior.
  • As faixas etárias com as maiores fatias da população com nome restrito são de 24 a 40 anos e 41 a 60 anos, cada uma delas representando 34,8% do total dos inadimplentes. A faixa etária acima de 60 anos representa 18,0%.

    Confira
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Mais de 66 milhões de brasileiros estão inadimplentes

O número de inadimplentes no Brasil atingiu um novo recorde, segundo informações de um novo levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

O documento mostra que em abril deste ano 66,08 milhões de brasileiros estavam endividados. O número representa que quatro em cada dez brasileiros adultos (40,60%) estavam negativados em abril deste ano.

Outro dado do levantamento é que em comparação com o ano passado, o mês de abril de 2023 registrou um aumento de 8,08% de consumidores com contas atrasadas.

a passagem de março de 2023 para abril de 2023, o número de devedores cresceu 0,23%.

Ao comentar os dados, o presidente da CNDL, José César da Costa, explica as razões por trás deste crescimento de inadimplentes e pede medidas por parte do governo.

– O país ainda enfrenta as consequências da crise internacional, além de anos de juros altos e renda baixa. Por isso, torna-se emergencial que o governo tome medidas que tragam um alívio para as contas públicas e consequentemente para o dia a dia da população. O arcabouço fiscal pretende ir nessa direção, mas ainda precisa ser crível para realmente alcançar seu objetivo de manter as contas do governo em ordem – destaca.

QUEM SÃO OS DEVEDORES

De acordo com a pesquisa, 51,05% dos inadimplentes são mulheres e 48,95% homens. Sobre a faixa etária, 23,76% do total de devedores possuem entre 30 e 39 anos.